O dia 13 tem para nós um sentido bem particular. Ele nos leva ao espírito do nascimento de nossa Fraternidade, que foi fundada num dia 13. Já está ficando um pouco longe o dia 13.10.1986 quando o Santo Espírito suscitou, apesar de nossos limites e pecados, um novo carisma na Igreja.
Na Igreja também se adota em parte a mentalidade do mundo capitalista: só é visto e valorizado o grande, o que tem marca forte, o que tem dinheiro ou certa forma de poder. Talvez por isso, nós, e tantas outras pequeninas famílias na Igreja não somos levados muito em conta. Mas não seria também essa a forma que o Bom Senhor nos quer no mundo? Ser uma pequena semente, um pequeno broto, uma pequena profecia? Vamos percebendo isso no passar do tempo e com nossa capacidade de conversão a esse mesmo Bom Senhor.
No plano interno da Fraternidade está em pauta dentre várias coisas o seguinte:
- Conclusão e revisão final das novas redações de nossas Constituições;
- Conclusão e revisão final do nosso Diretório;
- Fechamento da Programação para a viva celebração do nosso jubileu de 25 anos de
Fundação que vai de outubro de 2010 a outubro de 2011;
- Discernimento mais profundo sobre vocações atuais na Fraternidade. Constata-se que
quem tem mentalidade de instituição religiosa tradicional não tem condições em caminhar
num carisma de certa forma ainda nascente como é o nosso. Talvez precisamos entender
melhor o que Jesus já alertava: “Em odre novo se coloca vinho novo” – Mt 9, 17;
- Re-situação do nosso lugar na Igreja enquanto carisma missionário; Não podemos nos dar
ao luxo em fazer o que a maioria faz. Devemos não arredar pé da chamada missão ou
pastoral de fronteira. Em parte a Fraternidade tem sido fiel a esse princípio original e em
parte corre-se o risco em afastar dele.
- Aprofundar o sentido que a Mãe Igreja apresenta hoje para o que se chama de FAMÍLIA
ECLESIAL, quanto às novas comunidades com vida e missão mista. O feminino sempre
caminhou de forma isolada do masculino após o primeiro século do cristianismo.
Hoje busca-se por caminhos não imaginados a recuperação da beleza e da alegria dos
discípulos e discípulas no seguimento comum do mestre da Galiléia: Lucas 8, 1-3;
- Redefinir os critérios de escolha dos candidatos e candidatas para a Vida Consagrada na
Fraternidade; Nem todo jovem que quer ser Padre ou ser Irmã serve para um carisma novo;
- Estar uma vez organizado nosso Diretório Laical. São tantos e bons leigos e leigas que
estão na/em torno da Fraternidade mas que esperam de fato de nossa parte uma definição
mais clara e mais objetiva. Mas sabemos que sem o sal, a luz e o fermento dos bons e
éticos leigos a Fraternidade enquanto carisma novo na Igreja não terá futuro; Faz parte de
seu DNA a presença e o engajamento laical;
- Buscar formas de manutenção econômica mais estável e que nos tirem do permanente
sufoco em gastar sempre muita energia por não termos pessoas destinadas tão somente a
buscar os meios econômicos e por sermos pouco e estarmos tão somente em função das
diversas demandas da missão na Igreja;
- Dar maior visibilidade ao carisma onde ele ainda não é bem compreendido e conhecido.
Um bom amigo disse-nos uma vez: “A Fraternidade precisa pintar a casa dela de amarelo”;
Ainda não pintamos a casa e para muitos continua em cor cinza ou esverdeada ou com cor
indefinida;
- Tudo o que se escreveu aqui nesse dia 13 de meados de 2010, e o muito mais não escrito,
só terá desenvolvimento se interiozarmos o dito do Bom Mestre:
“SEM MIM NADA PODEIS FAZER” – João 15,5.
Que o Senhor Jesus seja de fato nosso Caminho, nossa
Verdade e nossa Vida. Amém!
SOLI DEO GLORIA!