“Só existem dois dias no ano

que nada pode ser feito:

Um se chama ontem

e o outro se chama amanhã.

Portanto, hoje é o dia certo para amar,

acreditar, fazer e principalmente viver”

Dalai Lama

terça-feira, 11 de maio de 2010

Artigo de Dom Sinésio - Direto da CNBB

A serviço da Palavra
Os bispos católicos temos a missão de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Este é o tema central da 48ª Assembléia da CNBB. Em Aparecida do Norte os Bispos da América Latina, fizeram esta linda proclamação: 


“Não temos outro tesouro a não ser este. Não temos outra felicidade nem outra prioridade senão a de sermos instrumentos do Espírito na Igreja, para que Jesus Cristo seja encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado a todos, não obstante todas as dificuldades e resistências. Este é o melhor serviço que a Igreja deve oferecer às pessoas e as nações” (DA, 14).

Isto é um consenso na Igreja. Mas como se faz este anúncio na época atual? Os ateus se organizam em nível mundial contra a intromissão dos religiosos na vida da sociedade. Progressivamente fazem propaganda contra a fé em Deus. Criam obstáculos contra os pregadores do Evangelho. Até querem ver o Papa na prisão. Por causa da mudança da cultura atual, muito subjetiva, o Evangelho oferecido ao povo, deve levar um toque pessoal, individual.

A ação evangelizadora leva um perfil de acolher, ouvir, aconselhar e ajudar na pastoral de cunho personalizados.

Portanto, a força da instituição é mais débil, enquanto a atitude pessoal e o testemunho individual são determinantes. Para o bem e para o mal. O exemplo pessoal convence e o erro individual atinge mais facilmente toda a instituição. Por isso hoje os erros individuais vão parar na mídia e tendem a ser generalizados, atingindo a instituição.

Nossa assembléia dá muita importância às pequenas comunidades como propícias para a assimilação da Palavra de Deus e sua transmissão ao povo. Passou o tempo em que estas comunidades (as CEBs) eram consideradas perigosas para a Igreja. Sem a influencia determinante da Teologia de Libertação política, vamos retomar a experiência das CEBs. Comunidades abertas a vários carismas, onde o individual é valorizado, mas não a ponto de gerar o consumismo, o isolamento e a exclusão.

A comunidade supera melhor a angústia, o vazio vocacional, as más notícias que pululam nos meios de comunicação de nossa sociedade globalizada. Esta volta às pequenas comunidades requer a formação de animadores de comunidades e de ministros da celebração da Palavra, com experiência da leitura orante da Palavra de Deus e com profunda união com a pessoa de Jesus Cristo.
 - Brasília, 06/05/2010 - Dom Sinésio Bohn - Bispo de Santa Cruz do Sul

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